Este é o Blog da Banda 3D6 de Maringá-PR. Aqui vamos publicar as letras das músicas, poemas, contos, causos e contar um pouquinho das histórias da banda, nossas influências e tudo mais que rola no universo 3D6. Então entre, leia, ouça... fique à vontade. Valeu!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

TOCA RAULLLL!!!!

Hoje em dia as bandas de rock brasileiras estão cada vez mais diversificadas e segmentadas. Temos bandas que abordam desde um som extremamente pesado (Death Metal, Thrash Metal, etc.) até bandas que fazem um som completamente sem sal nem açúcar (ex.: bandas coloridas). Mas, por incrível que pareça, todas as bandas contidas e ligadas por esses dois extremos têm uma coisa em comum: Durante os shows elas ouvem um pedido implacável e inevitável: TOCA RAUL!!! Não interessa se a banda está tocando Led, Beatles, Stones, Guns, AC/DC, Barão... sempre haverá alguém na plateia que irá pedir pra tocar Raul Seixas. E "ai" da banda que não tocar pelo menos uma música do Maluco Beleza.
Sabendo disso, a 3D6 não tardou em escolher uma canção do nobre Raulzito para acrescentar ao seu repertório. Optamos pela música "Rockixe".


"Rockixe" é a 9ª música do primeiro disco solo de Raul Seixas, lançado em 1973, chamado "Krig-ha, Bandolo!". Neste álbum também encontramos sucessos imortais de Raulzito, como: "Mosca na Sopa"; "Metamorfose Ambulante" e "Ouro de Tolo". Na lista da revista Rolling Stone dos 100 maiores disco da música brasileira, "Krig-ha, Bandolo!" está na 12ª posição.


"Rockixe" é uma música composta por Raul Seixas em conjunto com Paulo Coelho. A canção fala sobre uma pessoa que, num primeiro momento, é mais fraca que seu inimigo, mas passa a ser mais forte que o mesmo e consegue, por fim, subjugá-lo. Pensando sobre o contexto sócio-político da época do lançamento do disco (1973), não é difícil chegar a conclusão que o inimigo em questão possa ser a ditadura militar pela qual o Brasil atravessava.
Em "Krig-ha, Bandolo!", a música apresenta um arranjo voltado para o rockabilly, contendo instrumentos de sopro e teclados. Já numa segunda versão, gravada como a 8ª faixa do disco "Documento" de 1998, a música apresenta uma mistura de rock e baião. Esta é uma versão bem interessante, pois funde um rock mais rápido e agressivo do que a da versão original (com muitos solos curtos de guitarra entre uma frase e outra) a um ritmo tipicamente nordestino: o baião, consagrado na sanfona e na voz de Luiz Gonzaga, trazendo à tona origem nordestina do baiano Raul Seixas.


A 3D6 embarca na segunda versão, a do disco Documento, com uma pegada forte de Rock n' Roll, e se utiliza de pequenos breaks, muito comuns no blues dos anos 1950, para a parte que seria o baião. A música ficou bem simples, mas muito bacana de tocar e de ouvir. No show vcs poderão conferir o resultado. Enquanto isso, curtam o som da "Rockixe" no disco Documento.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

MAIS UM COUVER

Seguindo com os textos sobre algumas das fantásticas músicas de bandas consagradas que estamos preparando pra complementar o show da 3D6, hoje vou comentar sobre uma música de uma das melhores bandas de todos os tempos: White Room (1968), da banda Cream.


O vídeo apresentado é de um show comemorativo realizado em 2005 com os integrantes originais do Cream, onde eles rememoraram seus sucessos, inclusive White Room.
O Cream foi formado em 1966 pelos três melhores instrumentitas de blues/jazz do Reino Unido na época: Jack Bruce (Baixo), Ginger Baker (Bateria) e Eric Clapton (Guitarra). Os três já eram muito famosos no cenário musical inglês quando a banda foi formada, motivo pelo qual a banda já nasceu sob o status de serem o primeiro supergrupo da história, ou como ficaram conhecidos, o primeiro "Power Trio" do mundo.
Jack Bruce era a voz oficial da banda, mas foi nessa época que Clapton começou a se revelar como cantor.
Eles gravaram, ao todo, quatro disco (Fresh Cream - 1966; Disraeli Gears - 1967; Whees Of Fire - 1968; e Goodbye - final de 1968) que mudaram consideravelmente os parâmetros da música pop da época, influenciando bandas britânicas que estavam começando no final da década de 1960.
White Room foi composta por Pete Brown e Jack Bruce no apartamente de paredes brancas de Brown. Mergulhados nas drogas e no álcool, os dois divagam sobre a "viagem" que fizeram no quarto branco na busca de se libertarem do vício. A letra começa dizendo que "no quarto branco de cortinas pretas, perto da estação" (In the white room with black curtains near the station), "Cavalos prateados correm por raios lunares em seus olhos escuros" (Silver horses run down moonbeams in your dark eyes). Pura piração né?! Mas daí vem uma bela caída melódica onde eles parecem refletir sua condição mundana carregada de ácido: "Eu esperarei neste lugar onde o sol nunca brilha; Espere neste lugar onde as sombras fogem de si mesmas" (I'll wait in this place where the sun never shines; Wait in this place where the shadows run from themselves).
A música tem uma melodia agradável e um arranjo muito bacana (essa é uma das canções onde Clapton utilizou o novo, na época, pedal de wah-wah, e ajudou a popularizá-lo), a 3D6 apenas injeta uma carga a mais de energia pra deixar a música nos padrões das outras canções "mais fortes" que já fazemos, o que não é nada complicado, visto que White Room é uma música fantástica e com uma vitalidade inerente. No show da 3D6 vcs verão o resultado.

Valeu!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ERIC CLAPTON em São Paulo - 12/10/2011


Fiquei maluco quando fiquei sabendo que Eric Clapton iria tocar aqui no Brasil! Imediatamente fui atrás de saber onde, quando e quanto seria pra ver o show. Depois de uma longa espera e alguns adiamentos, finalmente consegui comprar o ingresso. Eu teria comprado um pouco mais perto do palco, mas meu amigo Rato (que iria comigo ao show) não quis gastar mais que R$ 300,00 (+ 50 pila de "taxinhas básicas" pra nós estúpidos brasileiros) no evento por conta do "ratinho" que tinha acabado de chegar.. rss.. tudo bem! Compramos no setor C, mais ou menos no meio do gramado do (Fantástico) Estádio do Morumbi (casa de meu querido TRIcolor). O problema é que quando chegou a véspera do show, fui informado que meu camarada não iria mais, devido a um problema de saúde de sua esposa. Putz!!! Paciência né?!! Vou sozinho ué, fazer o quê?!
O voo pra SP saiu na hora e chegou na hora (apesar da turbulência durante o voo que me deixou com a cabeça ruim o resto do dia) em Congonhas. O hotel (Formule 1) em frente ao Shopping Morumbi tinha um quarto à lá "célula de sobrevivência" para viagens interplanetárias.. de tão minúsculo que era! Ainda bem que as corridas das últimas semanas me ajudaram a perder um pouco da barriga, senão eu teria ficado entalado no quarto do hotel. rsss..
Ainda no aeroporto, conheci o Vitor, estudante de arquitetura (coincidências da vida) da UEM e também guitarrista de blues. Fomos juntos para o show. Pegamos um ônibus em frente ao hotel que nos deixou na frente do Estádio. Noooossssssaaaaaaaaaa!!!! Show de bola o Estádio!!! Enorme!!! o sr. Villanova Artigas (Arquiteto que fez o Morumbi) era foda mesmo!.. Bom, o Vitor foi na bilheteria pegar o seu ingresso já comprado e eu fui na bilheteria tentar vender o ingresso do Ratão pra ver se recuperava um pouco do preju do coitado. Em vão. Fiquei cerca de duas horas por alí e só um cambista me abordou pra me oferecer um ingresso (por 900 paus! num setor a frente do meu) e eu disse pra ele que também tinha um pra vender... pois o cara sacou duas notas desbotadas de 50 pila e me ofereceu no ingresso. 900 contra 100 reais??? Dois pesos, duas medidas né?! Muito esperto o belezão! "Hã!? rss.. Obrigado amigo!" - disse eu pra ele. Mas no fim acabei entrando com o ingresso do Rato no bolso porque realmente não consegui vendê-lo. Uma pena.
Fantástico mesmo aquele estádio hein! (Não canso de dizer isso!) Não é à toa que alguns jogadores tremem na base quando vão jogar com casa cheia... o lugar é muito grande e ver aquele mundo de gente (tinha umas 50 mil pessoas no show) olhando pra vc não deve ser fácil. Armaram uns quiosques pra vender os produtos oficiais (caros pra caramba! Pra variar..) e notei que o pessoal confeccionou as camisetas do Clapton com guitarras que não tinham nada a ver com a que ele usa!!! Oxe?!?!?!?!?! Povo burro da porra!!! A única camiseta que eu vi que ainda se salvava era uma que enquadrava uma Gibson ES-335 que ele usava na época do Cream, em 1967. As demais camisetas apresentavam guitarras Gibson Les Paul. Ué???!!! De onde tiraram essa guitarra?! A única camiseta que eu vi que tinha uma Stratocaster, cometeu a grave gafe de apresentá-la com dois captadores duplos. Isso é uma ofença para os amantes da Fender Stratocaster e do som genuinamente blueseiro dos seus single-coils. Bom, pequenos deslizes à parte, os setores eram cuidados por seguranças e só entravam as pessoas com a fita (amarrada no braço) na cor certa. Cheio de cadeiras, todo mundo foi obrigado a ver o show sentado. Realmente era pra admirar e ouvir o som e não pra arrastar o pé ou pular que nem saci. Era pra contemplação e deleite dos fãs de Clapton e do bom e velho Blues. Arrumei um lugarzinho entre o centro do gramado e a lateral esquerda (pra quem não sabe, sentando do lado esquerdo de um guitarrista destro, vc sempre verá sua guitarra de frente) na primeira fileira do meu setor. Filé! Ao meu lado sentou um camarada paulistano e seu filho adolescente, eram o Azarias e o Bruno, gente muito boa e, assim como eu, amantes do blues.
Por volta das 19:30hs sobe ao palco um camaradinha que eu nunca havia visto na vida: Gary Clark Jr. Um negro do Texas que me surpreendeu com sua música. Tocando uma Epiphone Cassino amarela ligada num fuzz rasgado e barulhento, ele tocou só seis músicas, duas mais lentas e quatro mais animadas, alternando riffs e solos interessantes. Era legal de ver no telão o efeito visual que a fina garoa (clássica da capital paulista) dava sob a iluminação do palco. Tocando com um baixista, um batera e mais um guitarrista, o cara fez um som bem bacana e esquentou a gélida noite paulistana que esperava o "god of guitar".
Britanicamente às 20:59hs apagam-se as luzes do Estádio e entra no palco um senhor de 66 anos de idade com uma camisa jeans de manga longa, óculos e a barba por fazer, recebe nas mãos uma Fender Stratocaster azul calcinha com braço maple e começa a brincar com ela pra testar o instrumento. rssss.. ele literalmente "brinca" com o instrumento. A galera ainda está atordoada com a presença tão próxima daquele cara que é uma lenda viva da música, que se encanta só com ele brincando com a guitarra no palco. Mas ele já está acostumado, solta um "Good Evening" e emenda "This show is dedicated to Felipe Massa" (os caras são amigos! Depois fiquei sabendo que o Felipe ganhou uma guitarra do Clapton. É mole?! Putz!!! Que inveja do caralho!!!). Tendo dito isto ele já entra com um acorde em Lá, introduzindo "Key To The Highway" (Me arrepiei só de lembrar) e a galera enlouquece. Nossa! Eu nem acreditava. Na terceira música, "Old Love", Eric Clapton mostrou porque é simplesmente um dos melhores e maiores guitarristas de todos os tempos.. o cara fez um solo antológico que deixou todo mundo (especialmente eu) com as pernas moles. Foi simplesmente espetacular!!! Só algo estupidamente maravilhoso consegue te deixar três minutos ininterruptos arrepiado dos pés à cabeça. E estava tudo muito bom: o som perfeito, dava pra enxegar muito bem, todo mundo sentadinho e comportado (levantando só quando a música acabava pra aplaudir), o telão era ótimo, o timbre da guitarra era fantástico, assim como os demais músicos da banda (as backing vocals, Michelle John e Sharon White; o fantástico contrabaixista Willie Week; os incríveis tecladistas Tim Carmon e Chris Stanton; e o grande baterista Steve Gadd.. só a nata né!?).. enfim, foi um show que contarei com muito orgulho para os meu amigos e para os meus filhos e netos (caso os tenha.. rss..). Depois de vários momentos que me fizeram esquecer onde eu estava (em SP, dentro do Estádio do Morumbi, sentado no meio do gramado com mais 50 mil pessoas), só quem me fazia lembrar de vez em quando era a brisa gelada que soprava. Daí, com alguns "thank you" e muito solos depois, ele finalizou o show com "Cocaine", tendo deixado para o público a pronúncia da última palavra da música, emendando outro "thank you" e saindo do palco ovacionado.
Depois de alguns instantes, a banda toda retorna para uma última música, um bis, e junto com Clapton vem também Gary Clark Jr. para participar da "brincadeira". Durante o solo do meio da música, Gary não mostrou praticamente nada do que tinha feito no show de abertura, sendo bem mais tranquilo e acanhado no seu solo. No final da música, Clapton se aproximou de Gary pros dois tocarem juntos e... mas... aiaiai... o cara simplesmente travou!!! rsss.. ele não respondeu aos fraseados de guitarra de Clapton e, mesmo na insistência, não obteve uma resposta instrumental de Clark Jr, fazendo com que Clapton abrisse um sorriso e finalizasse a música sem dividir os louros da vitória. Ééééé.. mesmo o cara sendo um profissional já com alguma reputação, não são só os meros mortais que amarelam frente a uma situação onde vc é posto em xeque.. como neste caso de dividir o palco e a guitarra com ninguém menos que Eric Clapton na frente de 50 mil pessoas. Mas valeu! Tudo valeu muito a pena.. cada instante!
Se um dia eu tiver outra oportunidade de ver esse senhor com sua guitarra azul calcinha, eu só quero estar um pouco mais perto do palco. No mais, não quero que nada seja diferente do que foi... simplesmente ESPETACULAR!!!

Long live to the god of guitar!!!
Long live to the blues and to the rock n' roll!!!

Valeu!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

OUTRO COUVER

Já que nós estávamos escolhendo alguns covers para complementar os show da 3D6, optamos por músicas de bandas que são referência no rock nacional e internacional, além, é claro, de bandas que se identifiquem com nossos gostos particulares (farei um post falando sobre isso mais pra frente).
Seguindo ainda pelo caminho das bandas de referência, hoje vou falar um pouco sobre uma música que escolhemos dos Beatles: "Oh! Darling".


"Oh! Darling" é a quarta faixa do álbum Abbey Road de 1969 (aquele com a antológica foto da capa que mostra os Beatles atravessando a rua na faixa de pedestres). A música foi composta por Paul McCartney e creditada para a dupla Lennon-McCartney. As sessões de gravação se estenderam do dia 20 de abril ao dia 11 de agosto de 1969, sendo que Paul gravou várias vezes a voz até encontrar o efeito e o jeito de cantar que lhe agradava.
A letra fala sobre um camarada que pede encarecidamente que sua amada acredite nele, pois ele nunca irá machucá-la (Oh! Darling, please believe me / I'll never do you no harm). Na segunda estrofe ele continua pedindo pra que ela acredite nele, e acrescenta o fato de que não conseguiria viver sozinho - sem ela (Oh! Darling, If you leave me / I'll never make it alone). No refrão ele rasga a voz e diz que quando ela disse que não precisava mais dele, ele se desmontou e chorou (When you told me you didn't need me any more / Well, you know I nearly broke down and cried).
É uma música de letra apaixonada, e a carga emocional que Paul coloca na voz, além do clima "anos 50" da melodia e do arranjo, é o que faz (pra mim) com que essa música valha a pena. Desta forma, não nos preocupamos em acrescentar distorções, efeitos ou qualquer outro subsídio sonoro pra incrementar a música, pois creio que ela se faz valer pela voz, letra e melodia que já formam, suficientemente, um belo conjunto.. correndo o risco de estragá-la com qualquer acréscimo descuidado. Então os Beatlesmaníacos podem ficar tranquilos, pois no caso de Oh! Darling, a 3D6 fez o simples e nada mais.

Abraço a todos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ALGUNS COUVERS

Hoje vou falar um pouco sobre uma das músicas que estamos ensaiando pra compor o show da 3D6: "Jumpin' Jack Flash" dos Rolling Stones.



Essa música foi lançada em 24 de maio de 1968 e hoje é considerada a 124º melhor música de todos os tempos pela revista Rolling Stones.
Bom, além de ter um riff contagiante e fácil de tocar, a música trás uma letra que fala de um cara que nasceu "in a crossfire hurricane" (em um furacão de fogo-cruzado) e uivou pela mãe em meio a uma tempestade (And I howled at my ma in the driving rain). Na segunda estrofe ele já entra dizendo que foi criado por uma bruxa banguela e barbuda (I was raised by a toothless, bearded hag) e que ele foi ensinado sob surras e açoites nas costas (I was schooled with a strap right across my back). Na terceira estrofe a coisa não muda e ele continua descrevendo os sofrimentos pelo qual o personagem da música passa. Nisso tudo, duas coisas me chamaram a atenção nesta música: 1ª - na quarta frase da terceira estrofe ele diz "Eu fui coroado com espinhos em minha cabeça" (I was crowned with a spike right thru my head), numa clara alusão a um camarada que também passou por maus bocados há cerca de 2000 anos. 2ª - no refrão ele simplesmente diz que, apesar de tudo, está tudo bem, está tudo certo, e ele está se divertindo porque ele é um Jumpin' Jack Flash! (But it's all right, I'm jumping jack flash, it's a gas, gas, gas!). Isso é um sinal que o cara em questão é foda mesmo!!! rsss..
Estamos ensaiando essa música com um toque do jeito 3D6 de tocar, mas, obviamente, sem perder o feeling rock n' roll que a gente tanto aprecia na obra dos Stones. Os fãs mais assíduos que nos perdoem, mas apesar de não ter descaracterizado a música, nós tocamos do nosso jeito. Espero que quando apresentarmos nossa versão a galera curta e dance junto com a gente!
No próximo post vou comentar sobre outro cover que estamos preparando, agora será uma música dos Beatles!!! (que responsa hein! rss..)

Valeu!
Abraço a todos.

domingo, 22 de agosto de 2010

VÍDEO-CLIPE "QUEM SABE UM DIA"


http://www.youtube.com/watch?v=igIw0goOIL0


Hoje.. ontem, na verdade.. colocamos nosso primeiro vídeo-clip no youtube.

Fizemos a gravação toda dentro do estúdio (Aliás, agradecendo ao Murilo do Studio Vox de Maringá-Pr por ter cedido o espaço do estúdio pelo preço de um ensaio) em aproximadamente duas horas, onde se seguiram tomadas de cada instrumento e da voz. A gravação foi feita pelo Dutra e a edição pelo Michael, dois camaradas das antigas do Baxo que cobraram preços a altura dessa camaradagem e do fato de estarmos fazendo tudo de forma independente. Mesmo assim, conseguimos um patrocínio da PPG Ind. Br. que arcou com metade dos custos do vídeo, o que deu uma aliviada grande nos custos.

A idéia de fazer o vídeo mostrando apenas os instrumentos e não mostrar o rosto é justamente uma apologia à rebeldia típica do rock n' roll.. porque, nesses casos (de gravação de clip), todo mundo quer (literalmente) mostrar a cara.. e nós fizemos o contrário disso.. ou pelo menos tentamos. A música é uma arte que não precisa de rosto, ela precisa de habilidade, pegada e talento que irão ao encontro do que realmente a gente entende como sendo a principal função da arte em si e da própria música: expressar um sentimento.. emocionar! E isso se consegue de diversas formas, sendo que cada artista tem a sua maneira peculiar que o caracteriza e o difere dos demais. Então não precisamos mostrar o rosto, a gente precisa tocar.. e tocar bem! Creio que não seja necessário ver os rostos pra que nesse vídeo se compreenda a dimensão da emoção transmitida por cada músico.. onde dedos, braços e bocas se fundem com cordas, peles, pratos e microfones.. produzindo sons, tons, cores, uivos e gemidos que caracterizam os timbres de cada nota ouvida ou escondida nas figuras subliminares que compõem essa arte tão especial e cativante que é a música.. que, unida à poesia, faz tudo isso valer a pena.

É isso.. acessem http://www.3d6.com.br/ e conheçam algumas de nossas músicas.

Valeu!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Inaugurando.. com a música "Outros Caminhos"

Quero inaugurar este blog postando a letra da primeira música que fizemos para a banda quando ainda tocávamos com a formação de 6 pessoas. Esta música foi o elo que deu início a tudo que conquistamos até hoje e aproximou muito eu e o Baxo para continuarmos nesta parceria bacana que culminou, junto com o Juninho, lógico, na Banda 3D6. Outro dia comentarei mais sobre os bastidores da composição dessa música, pois acredito que mostrando o contexto tudo fará mais sentido.


OUTROS CAMINHOS

Não pertenço mais ao teu mundo
Me deixe apenas um não, me deixe
Abra a porta pra que eu veja a luz
Esse sonho não mais me seduz

Por muito tempo fiquei perdido
Num sonho um lindo anjo, suponho
Veio me acordar trazendo paz
Mostrou-me outros olhos, fui atrás

UM CORAÇÃO EM CHAMAS
QUE POR AMOR CLAMA
ENTRE RAIOS E TROVÕES
RELUZ MIL SENSAÇÕES

NO ESCURO E SOZINHO
PERSEGUINDO OUTROS CAMINHOS
NO FRIO, NA CHUVA, SOLIDÃO ANDEI
E NUNCA TE ENCONTREI

Chegou agora a minha hora
De levantar e sair desse lugar
Colher o que plantei em mim
Começar outro começo enfim

Você nunca vai me entender
Então acabe de vez, encare
Atravessando outros olhos eu quis
De novo um dia poder ser feliz

UM CORAÇÃO EM CHAMAS
QUE POR AMOR CLAMA
ENTRE RAIOS E TROVÕES
RELUZ MIL SENSAÇÕES

PROCUREI NOS QUATRO CANTOS
NOS CÉUS E NOS OCEANOS
NAQUELES OLHOS ME ENCANTEI
QUANDO TE ENCONTREI


Composta em 25/02/2008